segunda-feira, 12 de março de 2012

Sobre Livros


Uma vez, uma amiga me pediu para comentar os livros que li. Esses best sellers que eu não paro de ler, como Harry Potter, a Saga Crepúsculo ou qualquer outro dessa mesma linha.

Não sei se vou conseguir me expressar bem, mas uma pergunta não sai da minha cabeça: Por que os autores só querem escrever livros com volumes (1,2,3 ... 16)? Às vezes, ficaria tão digno se eles ao invés de tentar ganhar dinheiro publicando volumes e volumes, acabassem uma historia e começasse outra.  (Obrigada Eduardo Spohr, por fazer isso)

A série Fallen é um bom exemplo para o que estou falando. Lauren Kate poderia ter aumentado os números de páginas do livro Fallen e terminado ali toda a saga de Luce e Daniel (protagonistas do livro). Mas não, teve que publicar Tormenta e agora  Paixão; Ah, sem contar ainda terá, em 12/06/2012 (data propicia, não?), o lançamento do 4º livro da saga: o titulo ainda em inglês: Rapture (Arrebatamento).

Falando de anjos e demônios, amores avassaladores e impossíveis, a trama começa bem interessante, com um toque de mistério e uma tendência que leva o leitor a se apaixonar pelos protagonistas ou para aqueles leitores mais “rebeldes”, torcer pelos demônios da trama. Mas o desenrolar do livro, tudo fica muito vago, a autora tenta dar um toque de mistério para uma historia de amor que já está super batida. Um ser místico com uma humana comum (e sem graça). Não é que a autora escreva mal, ela só não consegue desenvolver bem a idéia. Na verdade, eu acho que deve ser extremamente difícil reproduzir o fantástico que está em nossa mente.

Fallen (o primeiro livro da série) se resume em: Um livro de amor entre adolescentes. Luce, a protagonista, é uma garota normal, porém enxerga sombras ameaçadoras o tempo todo. Até que quando ela estava querendo ficar com um garoto, na hora do beijo ele pega fogo, Luce tem uma vaga lembrança do que aconteceu, porém esse incidente chocante faz com que ela tenha problemas com a justiça. Apos o julgamento (que não é detalhado – super superficial), Luce é enviada ao reformatório Sword Cross. Um lugar sombrio, onde todos devem se vestir de preto (os head banger que adorariam estudar numa escola assim). Lá os outros personagens do livro são apresentados. Com alguns Luce faz amizades e com outros: inimizades. E como é de praxe, conhece o amor de sua vida; Daniel: loiro, olhos violetas, corpo perfeito, enfim... clichê.

O mistério do livro é descobrir porque Luce sempre morre carbonizada quando finalmente encontra seu grande amor Daniel, porém em sua vida atual esse fato não aconteceu.

O Segundo livro da série – Tormenta – melhora consideravelmente. Luce é enviada para outra escola, agora uma escola onde professores são seres místicos também (uma anja e um demônio) e alguns enigmas são jogados na trama. Mas nossa protagonista é burrinha demais. Incrível como Lauren Kate consegue transformar sua personagem principal em alguém tão insuportavelmente chato e monótono.

Luce entende o que são as sombras ameaçadoras que ela vê, porém ainda não sabe por que vê. Aprende a manipulá-la. Após uma batalha entre castas angélicas, no quintal de sua casa, no dia de Ação de Graças, Luce se joga dentro de uma dessas sombras (Anunciadores).

Aff ... Cheguei ao terceiro livro – Paixão – e como o próprio livro, eu estou me arrastando entre os tempos. Nossa, que chatice!

Então o que temos: viagens no tempo.

Como escrevi anteriormente, não é que a autora escreva mal, mas os livros são rasos, fracos e cheios de clichês. Nessas viagens através do tempo, Luce, conhece Shakespeare (a historia parece com filme Shakespeare apaixonado), o Rei Luis XV e outras partes da historia. Outra coisa que não ajuda muito na trama é o Daniel (par romântico), sempre muito evasivo e com um ar de misterioso que dá raiva.

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